segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

the perfect moment... will pass you by...


É tarde...

Devia dormir, mas as insónias voltaram...

Não sei se te devia escrever, ou se era melhor guardar para mim o que sinto...

É tarde...

E eu quero escrever-te. Por isso vou fazê-lo aqui. Porque, de qualquer forma, nunca sei se as minhas palavras chegam até ti

Quero dizer-te que não te entendo.

Que não entendo o que me disseste.

Amas-me como antes, vou ser sempre a tua princesa...

Precisas de te encontrar primeiro e por agora só podemos ser amigos...

Foram palavras tuas...

Eu acho que não estamos a ser amigos. Ou melhor eu sei que me queres bem, ou pelo menos quero pensar que sim. E eu também te quero bem. Quero que sejas feliz.

Mas, desculpa-me a sinceridade, a amizade não é só isso. Nem se resume a um polegar a dizer gosto. A amizade é poder dizer a verdade. E a verdade é que acho que precisavas que eu te perdoasse para seguires em frente. E agora que o fiz, já o podes fazer.


Tu é que voltaste e te reaproximaste...

Quebraste o silêncio. E eu precisava disso.

Mas porque voltaste, se era para me deixares no silêncio novamente???

Não te percebo. Já não entendo nada. Mas acho, que quando se ama, se luta. E mostra-se. E tu não mostras. Pelo menos a mim. E talvez então não me ames. Perdoa-me as dúvidas, mas que queres que pense, se só me deixas interrogações?

Dizes que não serves para mim. Que não te mereço. E tantas outras coisas.

Às vezes acho que são só desculpas. Porque é sempre mais fácil admitir que se ama, do que admitir que já não se ama.

Seja como for, e ainda que correndo o risco de estar novamente errada, acho que desististe de mim. Porque se não desististe, então estás a fazer tudo ao contrário. E acho que apareceu mais alguém na tua vida.

Estou triste. Não por alguém, ou mesmo ninguém e só tu mesmo, ter aparecido na tua vida, mas por mais uma vez me deixares no silêncio.

É este vazio que me sufoca. E eu quero respirar. Por isso preciso de apanhar ar. Preciso de deixar o meu coração respirar.

O amor também é deixar partir, se for esse o melhor caminho. Claro que nunca sabemos qual é o melhor caminho, mas tentamos sempre escolher o que nos parece melhor. Às vezes erramos. E seguimos por trilhos díficeis. Caímos. Mas depois voltamos a levantar-nos e a seguir o caminho que nos voltar a parecer melhor.

Eu ainda te amo. E sei que nunca te vou esquecer. Mas eu preciso de ar. E tu e o teu silêncio estão a sufocar-me.

Se achares que é comigo que queres estar, eu vou estar aqui. Mas não posso ficar simplesmente sentada à tua espera, porque podes simplesmente nunca mais voltar. E ai a minha vida terá passado a meu lado. E eu sentada à tua espera.

Tenho dias em que tudo que quero é estar nos teus braços. Mas depois tenho os outros dias. Os dias em que os meus braços me chegam. Porque às vezes é melhor estar só.

Eu gostava de te entender. Tenho dias em que penso que percebo o que se passa. Tenho outros dias em que não entendo nada e invento mil e uma histórias. Algumas com palácios e princesas que não sou eu!

Respeito a tua decisão. Respeito o quereres encontrar-te. Só não sei se algum dia o farás. Porque tu andas sempre em busca de algo que não sabes bem o que é. Mas às tantas somos todos um pouco assim. Até eu. E às tantas é por isso que nunca mais nos encontramos.

Eu precisava que quebrasses o silêncio. Acabaste por fazê-lo, ainda que tenhas voltado mais ou menos ao mesmo, e que não me tenhas explicado o que realmente se passou. Mas voltaste. Pediste desculpa. E eu fiquei com o coração mais descansado.

Mas voltei a ter o coração apertado, a sentir-me magoada, e só.

E eu não quero estar assim. Porque o amor também é não querer estar assim.

Por isso vou fazer o possível e o impossível para ficar bem.

Tu só vais voltar se assim o entenderes, e eu não posso estar eternamente à espera. Não quando não tenho a certeza de que voltes. Porque o meu coração já não me dá essa certeza. E ele, o meu coração, está normalmente certo.

Por isso se não voltares, e se isto for um adeus ( e tu sabes que não gosto desta palavra) espero que nunca te esqueças de mim. Porque isso é a única certeza que tenho. Que nunca me vou esquecer de ti.

Pensei que ia escrever tudo isto sem que as lágrimas rolassem pela minha face. Enganei-me. Como me engano, quando quero esconder tudo o que sinto. Quando não quero ouvir o que o meu coração me diz.

Agora ele diz-me que precisa de paz. Mais que tudo o resto.

Mas também me diz que te amo... Que ainda te amo...

1 comentário:

  1. E sabes o que pensei no fim? Que teu coração te diz que te amas a ti... esse é a melhor arma, o melhor ingrediente, que podes ter!
    E para quem se anda a tentar encontrar a busca pode ser partilhada, mas os passos são do proprio... deixa-o fazer o caminho... Cada um é responsável pela sua propria felicidade!
    Beijos
    P.S.-lagrimas não são sinal de frqaueza, são muitas vezes de força... de coragem de admitir, de enfrentar.... de se deixar sentir!

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